Os trabalhadores da Sabesp na Baixada Santista e no Vale do Ribeira iniciaram greve hoje (4), pela manhã, com adesão de 100%, conforme o Sindicato dos Urbanitários. Em Registro, estão sendo mantidos os serviços essenciais para fornecimento de água e tratamento de esgoto. A Estação de Tratamento de Agua, no bairro Jardim Valery também está funcionando. Os chamados de emergência no caso de rompimento de rede e adutoras também estão sendo atendidos. O setor de recursos humanos da Superintendência também funcionava no primeiro dia de greve.
Com o início do movimento, são 230 funcionários em greve em todo o Vale do Ribeira, destes 100 são de Registro. Logo mais, às 17h30, acontece assembleia com os funcionários em greve para avaliar o movimento. Os funcionários mantém uma comissão que deve, até o próximo dia 30, tratar sobre o fim da regionalização salarial, uma das reivindicações da categoria. “Já se sabe que o impacto com o fim do salário regional é de apenas 0,03% na folha de pagamento da Sabesp .
A greve é por tempo indeterminado, devido ao impasse nas negociações do novo ACT (Acordo Coletivo de Trabalho). A adesão dos funcionários foi total. Todos os serviços essenciais e emergenciais em ambas regiões do Estado foram mantidos para não prejudicar a população.
A decisão de cruzar os braços ocorreu na noite da última segunda-feira, dia 3, em assembleia realizada na sede do Sindicato dos Urbanitários (Sintius), em Santos.
Os trabalhadores não concordaram com a proposta apresentada pela empresa, durante reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) – reajuste salarial de 6,95%, sendo 1,5% de aumento real.
No final da manhã de hoje (4), o presidente do Sintius, Marquito Duarte, estará reunido com representantes da Sabesp, na Capital, para tratar do assunto. Às 18 horas, haverá nova assembleia no Sintius para a categoria deliberar se a paralisação continua.
Na manhã desta terça-feira, Marquito conduziu assembleia na porta da Unidade de Negócio da Sabesp na Baixada Santista, em Santos. Ele não está satisfeito com as negociações do novo ACT, que se arrastam desde o início do mês passado.
“Não é possível que a empresa, uma das três maiores do mundo no setor de saneamento e com um lucro líquido de quase R$ 2 bilhões, não consiga oferecer uma proposta que atenda aos anseios da categoria”, afirmou.
O Sindicato defende um reajuste salarial de 9,26%, com repasse para os benefícios. Vale destacar que 7,16% são referentes à reposição da inflação (cálculo do INPC) e 2,1% de aumento real, com base na produtividade da estatal.
Além disso, a entidade reivindica a volta do pagamento do ATS (Adicional por Tempo de Serviço), melhorias no Plano de Cargos e Salários, livre negociação da PLR (Participação dos Lucros e Resultados) e sem imposição das metas por parte da empresa e o fim do salário regional para os trabalhadores do Vale do Ribeira, que recebem uma remuneração cerca de 20% inferior aos trabalhadores de outras regiões do Estado.
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